Nossa História 📖

Era uma vez um menino que sonhava com um amor que fosse maior que tudo. Não qualquer amor. Um amor que fosse abrigo no meio do caos. Que fizesse ele sentir que, apesar de tudo, ainda valia a pena acreditar. Esse menino era eu.

Eu não sabia direito como amar. Tinha medo de sentir demais e errar tudo. Vivia me escondendo atrás de silêncios, piadas ou desinteresse — tudo fachada. Mas no fundo, queria encontrar alguém que não me exigisse perfeição. Só presença. Alguém que enxergasse além do que eu mostrava. Que me visse de verdade.

E então apareceu ela. A Tulipa.

Antes mesmo da gente se falar, eu já te via. Te via na escola, te via rindo alto no corredor, te via com aquela energia que parecia iluminar tudo em volta. Você era tipo... viva demais pro mundo comum. Eu só conseguia admirar de longe. Sentia que você era o tipo de pessoa que transformava tudo que tocava — e eu me achava invisível demais pra ser tocado por alguém assim.

Mas aí veio aquele dia.
05 de setembro de 2024.
Hopi Hari.
Final de tarde, começo de noite. Céu pesado. Garoa fina caindo. A multidão se espalhava pelo parque, os gritos dos brinquedos se misturavam com música de fundo e cheiro de pipoca molhada. E lá estava você. Com uma amiga — a Shirou. Na roda-gigante. Cabine amarela, porta 3. Você se sentou do lado direito, perto da janela. A luz vermelha dos LEDs refletia no seu rosto molhado pela chuva leve. Seus olhos, castanhos escuros, pareciam verdes sob os fogos. Eu lembro de cada detalhe. Do seu shorts curto, da camisa preta grudando no corpo por causa da água, do jeito que você olhava pro horizonte como se estivesse vendo outro mundo.

Ali eu pensei: "Já era. Ela é inalcançável."
Achei que era um encontro entre vocês. Achei que não tinha espaço pra mim.

Mas o destino não tava nem aí pras minhas suposições.

Passaram-se os dias. E de alguma forma — mágica, acaso, sorte, ou talvez só coisa escrita lá em cima — você me viu também.
E no dia 09/11/2024, nossos caminhos se entrelaçaram.
Não foi algo simples. Foi tipo... um estouro mudo. O tempo parou. O ar sumiu. A mente silenciou. E naquele instante, eu soube que era você. Que tudo até ali tinha me levado exatamente praquele segundo. Pra sua pele encostando na minha.
Não precisava dizer nada. Só sentir.

E foi o que eu fiz. Foi o que nós fizemos. Sentimos. Vivemos. Caímos e levantamos. Discutimos. Choramos. Demos risada até doer a barriga. Você virou minha rotina e minha revolução. Me ensinou a expressar o que eu achava que nunca conseguiria dizer. Me mostrou que amor não é sobre dizer “eu te amo” mil vezes — é sobre provar, dia após dia, mesmo quando tudo tá uma merda.

Você me fez festa de aniversário com bolo de limão e sorvete de baunilha. Me deu presentes quando o mundo inteiro parecia ter esquecido que eu existia. Cuidou dos meus machucados, dos físicos e dos que não sangram. Quando eu achei que ia desabar, você me segurou. Quando eu pensei que era pouco demais, você me mostrou que pra você, eu era tudo.

Você me deu coragem de querer o futuro.
De sonhar em adotar um gato.
De imaginar nossos filhos correndo pela casa.
De viajar sem rumo.
De ter uma vida construída no nosso tempo, do nosso jeito, longe das pressões e perto da verdade.

A verdade que é: você é meu lar.

E não é só no poético. É real. Você é meu lugar seguro. Minha risada no meio do caos. Meu descanso depois da guerra. Meu chão quando tudo em mim desaba. Eu sei que às vezes eu erro, fico frio, me perco, travo. Mas nunca é por falta de amor. Porque se tem uma coisa que nunca me faltou desde aquele 9 de novembro foi certeza de você.

E por isso eu te prometo:
Nos dias bons e nos ruins.
Nos momentos doces e nos estressantes.
Nos abraços apertados e nas DRs chorando.
Nos silêncios longos e nas conversas que atravessam madrugadas.
Eu vou estar aqui. Com você. Por você. Por nós.

Essa história, Tulipa, é só o começo.

E que sorte a minha ser o menino que você escolheu amar.
Porque não foi só sorte. Foi destino. Escrito. Costurado com cada detalhe.
Eu te amo. Com tudo que sou.
Hoje, amanhã, e nas vidas que ainda vamos viver juntos.